quinta-feira, 16 de maio de 2013


Gênesis Capítulo 41                                                     

"O centro de reunião da Igreja é Cristo na glória. “E eu quando for levantado da terra todos atrairei a mim” (João12:32). Cristo atrai, não o entretenimento carnal, Cristo é o centro do culto, não as nossas necessidades, carências ou vontades".


Gênesis 41:1;9a11 – “E ACONTECEU que, ao fim de dois anos inteiros, Faraó sonhou, e eis que estava em pé junto ao rio........ Então falou o copeiro-mor a Faraó, dizendo: Das minhas ofensas me lembro hoje: Estando Faraó muito indignado contra os seus servos, e pondo-me sob prisão na casa do capitão da guarda, a mim e ao padeiro-mor, então tivemos um sonho na mesma noite, eu e ele; sonhamos, cada um conforme a interpretação do seu sonho”.

O copeiro-mor havia se esquecido de José na prisão, dois anos se passaram e ele nada fez em favor do amigo; mas a memória do Deus de Jacó não conhece esquecimento, Deus mesmo se lembra do seu servo, após dois anos, chegado o tempo estabelecido por Deus, Ele fez faraó sonhar e se utilizou das circunstâncias para levar José à presença do maioral do Egito.

Gênesis 41:15e16 – “E Faraó disse a José: Eu tive um sonho, e ninguém há que o interprete; mas de ti ouvi dizer que quando ouves um sonho o interpretas. E respondeu José a Faraó, dizendo: Isso não está em mim; Deus dará resposta de paz a Faraó”. José deixa claro que este poder não era algo que vinha dele mesmo e sim de sua completa dependência de Deus.

Gênesis 41:32 – “E que o sonho foi repetido duas vezes a Faraó, é porque esta coisa é determinada por Deus, e Deus se apressa em fazê-la”. Deus havia repetido o sonho duas vezes com o mesmo sentido para que Faraó tivesse certeza acerca de seu sentido sobrenatural e que não era apenas fruto se sua imaginação. José deveria apenas interpretar o sonho, mas a sabedoria que Deus havia dado a ele nos longos anos de prisão e de serviço fiel ao Senhor fizeram com que ele não apenas interpretasse o sonho mas também desse uma estratégia para que faraó pudesse lidar com os anos de fome que viriam; Isso trouxe de imediato a admiração de faraó que decide não só crer nas palavras de José, mas também fazer dele o seu primeiro ministro com poder de pôr em execução sua própria estratégia financeira.

Gênesis 41:45 – “E Faraó chamou a José de Zafenate-Panéia, e deu-lhe por mulher a Azenate, filha de Potífera, sacerdote de Om; e saiu José por toda a terra do Egito”. Este nome Zafenate-Panacéia ainda é uma incógnita para os estudiosos, mas provavelmente significa “o provedor de duas terras, o homem vivo”. Aqui é reforçada a ideia da tipologia na vida de José pois, Deus o designou para ser um tipo de Cristo, o nosso Provedor, o Deus vivo que se fez Homem, entrou em nosso mundo e fez a ponte eterna que provê a todo pecador penitente o suprimento de perdão necessário para entrar no universo de Deus.

Azenate, filha de Potífera” – Aqui vemos a noiva estrangeira de José que, com perfeição, ilustra a Igreja. Cristo apresentou-Se aos judeus e, sendo rejeitado por eles, tomou o Seu lugar nas alturas e enviou o Espírito Santo para formar a Igreja, que é composta de judeus e gentios, para ser unida com Ele na glória celestial. Algumas curiosidades acerca da tipologia Bíblica aqui, no que se refere à esposa egípcia de José é que ela teve parte íntima com ele em sua glória. Sendo parte de si próprio ele compartilhou de tudo o que era seu. Além disso ela ocupava um lugar de intimidade e aproximação dele somente conhecido dela. Assim é com a Igreja, a esposa do Cordeiro: Ela está unida com Cristo, ao mesmo tempo para ser participante da Sua rejeição e glória.

É a posição de Cristo que dá caráter à posição da Igreja, e a sua posição deveria caracterizar sempre a sua conduta. Precisamos ter olhos fixo naquilo que nos espera em nossa união eterna com Ele em glória, não fixar nossos pensamentos na momentânea tribulação presente.

II Corintios 5:16 – “Assim que daqui por diante a ninguém conhecemos segundo a carne, e, ainda que também tenhamos conhecido Cristo segundo a carne, contudo agora já não o conhecemos deste modo”. O centro de reunião da Igreja é Cristo na glória. “E eu quando for levantado da terra todos atrairei a mim” (João12:32). Cristo atrai, não o entretenimento carnal, Cristo é o centro do culto, não as nossas necessidades, carências ou vontades.

Existe muito mais de valor prático na compreensão deste princípio do que pode parecer à primeira vista. O intuito de Satanás, bem como a tendência de nossos corações é sempre levar-nos a ficar aquém do objetivo de Deus em todas as coisas, e sobretudo no que diz respeito ao centro da nossa reunião como cristão. O Sangue infinitamente precioso do Senhor Jesus é o centro da nossa união como Igreja, devemos ter em vista o fato que o Espírito Santo nos reúne para a Pessoa um Cristo ressuscitado e glorificado; e esta união concede o caráter elevado e santo da nossa união como cristãos.

Se tomamos outra posição, que não esta, então, formamos inevitavelmente uma seita ou ismo. Se nos reunimos em volta de uma ordenação, por muito importante que seja, ou mesmo de uma verdade ou ciência, por mais indiscutíveis que sejam, fazemos então, de alguma outra coisa o nosso centro, e não Cristo.

Precisamos ponderar acerca de nossa união com Cristo oculto nos céus, se Ele estivesse na terra, seríamos reunidos com Ele aqui, mas estando glorificado no céu, a Igreja toma o seu caráter e conduta da posição que Ele ali ocupa. Por isso pode o Senhor declarar: “Não são do mundo, como eu do mundo nãom Sou”, e também, “e por eles me santifico a mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade” (João17:16-19). Assim também lemos: “E, chegando-vos para ele, pedra viva, reprovada, na verdade, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa, vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo” (IPedro2:4e5).

Se somos reunidos para Cristo, temos de ser reunidos para Ele, como Ele é, e onde Ele está; e quanto mais o Espírito de Deus conduzir as nossas almas à compreensão disto, tanto mais veremos o caráter da conduta que nos convém, tanto na vida cotidiana, como em nossas reuniões de culto público.

Outra importante observação acerca da tipologia é que a noiva de José foi unida a ele, não na cova e nem no cárcere, mas na dignidade e glória da sua posição no Egito; além disso lemos: “Nasceram a José dois filhos (antes que viesse o ano da fome)” (capítulo 41:50). Aproximava-se uma época de tribulações; mas antes disso veio o fruto da sua união. Os filhos que Deus lhe deu foram chamados à existência antes deste tempo de provação. Assim será com respeito à Igreja. Todos os seus membros serão chamados, o corpo será acabado e ligado à Cabeça no céu, antes da “grande tribulação” que há de vir sobre toda a terra.

OBS: Para ler o Estudo de Gênesis desde o Capítulo 1  >Clique Aqui<

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