quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Continuação do Estudo de Romanos a partir do Cap. 16

Romanos Estudo n°16

A “justiça de Deus” é revelada no evangelho não por algo que possamos fazer a fim de sermos justos e aceitos por Deus. Não! Antes, a justiça é revelada quando descobrimos claramente o que Deus já fez por nós que somos justificados em Seu sangue.                            
                                                                      
Romanos 1:17,18 – “Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá da fé. Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda a impiedade e injustiça dos homens, que detêm a verdade em injustiça”.
Outro motivo porque Paulo não se envergonha do evangelho é porque nele se descobre, nele se revela a justiça de Deus, em forma de fé e pela fé. A revelação da Verdade de Deus é fundamento da vida cristã, infelizmente, a moderna Igreja tem deixado isso para trás e substituído pela filosofia, assim, não é de se admirar o estado em que nos encontramos.
Revelar é desdobrar, tornar manifesto, simples e claro para todos. O fato de que a real clareza veio na encarnação do Senhor, não quer dizer que no Velho Testamento ela já não estivesse presente, pois diz o Apóstolo: Romanos 1:1,2 – “PAULO, servo de Jesus Cristo, chamado para apóstolo, separado para o evangelho de Deus. O qual antes prometeu pelos seus profetas nas santas escrituras”. Portanto, jamais devemos pensar que o evangelho é aqui revelado pela primeira vez. Não é este o sentido.

Outra evidência que comprova esta afirmação é que Paulo cita Habacuque (2:4) no final do versículo 17 – “Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá da fé”. Mostrando que não é algo absolutamente novo, algo que nunca se ouvira falar antes. Depois, no capítulo 3, ele o expressa novamente, com muita clareza, dizendo: Romanos 3:21 – “Mas agora se manifestou sem a lei a justiça de Deus, tendo o testemunho da lei e dos profetas”. No Antigo testamento fora testemunhado pela Lei e pelos profetas, porém há um sentido em que agora está sendo manifesto. E qual é este sentido? O Apóstolo se preocupa tanto com isso que novamente no capítulo 16 volta a falar desta revelação do mistério:

Romanos 16:25-26 – “Ora, àquele que é poderoso para vos confirmar segundo o meu evangelho e a pregação de Jesus Cristo, conforme a revelação do mistério que desde tempos eternos esteve oculto, mas que se manifestou agora, e se notificou pelas Escrituras dos profetas, segundo o mandamento do Deus eterno, a todas as nações para obediência da fé”.
Bom, então, o que podemos perceber é que o evangelho já era conhecido, mas não estava claro como agora se vê. Por isso o Apóstolo Pedro se expressa da seguinte forma quando se refere aos profetas do AT.

IPedro 1:10-12 – “Da qual salvação inquiriram e trataram diligentemente os profetas que profetizaram da graça que vos foi dada, indagando que tempo ou que ocasião de tempo o Espírito de Cristo, que estava neles, indicava, anteriormente testificando os sofrimentos que a Cristo haviam de vir, e a glória que se lhes havia de seguir. Aos quais foi revelado que, não para si mesmos, mas para nós, eles ministravam estas coisas que agora vos foram anunciadas por aqueles que, pelo Espírito Santo enviado do céu, vos pregaram o evangelho; para as quais coisas os anjos desejam bem atentar”. Os profetas movidos pelo Espírito de Cristo que, já neles atuava, inquiriram, perguntaram e falaram acerca deste  tremendo mistério que agora nos foi amplamente revelado. Esta é a ênfase de Paulo e, também de Pedro, ambos desejam que este interesse esteja inexoravelmente presente na Igreja.
Ele não se envergonha do evangelho porque é o poder de Deus, poder já revelado, poder em operação. Os irmãos da antiga aliança olhavam para algo que viria, nós olhamos para algo que já veio – eles o viam no futuro, nós o vemos no passado. Mas é a mesma extraordinária revelação. Ele, também, não se envergonhava do evangelho por causa do conteúdo desta revelação. E qual é este conteúdo? É a justiça de Deus. Porque nele, diz o Apóstolo, “a justiça de Deus é revelada”.

Lembramos que esta foi a frase célebre em que Martinho Lutero se deparou antes de dar início à reforma protestante. O que Paulo quer dizer com justiça de Deus? “Nele a justiça de Deus é revelada”. Vamos começar a responder negativamente, ou seja, o que a expressão não é! Nesta frase ela não é um atributo de Deus, nem da pessoa, nem do caráter; sabemos que muitas vezes a frase é empregada desta maneira, pois quando se estudam os atributos de Deus deve-se incluir o atributo da justiça. Precisamos deixar claro que, nesta frase, se o evangelho fosse apenas a revelação da santidade, da justiça e da retidão de Deus e nada mais, então, longe de serem boas novas, seria a coisa mais terrível e mais alarmante que poderíamos descobrir. É justamente neste ponto que precisamos nos lembrar da experiência de Lutero, pois quando católico, ele se deparou com este versículo e o interpretou erradamente e sofreu grande agonia de alma. Como ele mesmo diz: Esforcei-me muito e clamei ansiosamente, pois a expressão “a justiça de Deus” bloqueava o caminho. Ele achava que a justiça de Deus era o grande bloqueio para sua salvação, pois quem pode aproximar-se de um Ser tão Santo e perfeito e ainda continuar vivo?

Assim, se para Lutero ou para qualquer homem, o evangelho é a revelação da Justiça de Deus, como um de Seus atributos, então, para nós não existe notícia pior...estamos no mais completo desamparo. Mas graças a Deus por Seu Filho, nosso Rei, pois o evangelho não é mais um atributo de Deus e sim uma proclamação de um feito de Deus, de mais uma realização de nosso Deus, o evangelho revela o que Deus fez, dando-nos a Sua justiça, vestindo-nos e revestindo-nos com ela, pois assim como no velho testamento todas as coisas eram purificadas pelo sangue aspergido sobre os objetos, assim, na Nova Aliança, a justiça purificadora é manifesta e imputada a nós pelo sangue do nosso Cordeiro pascal:

Hebreus 9:20-24 – “Dizendo: Este é o sangue do testamento que Deus vos tem mandado. E semelhantemente aspergiu com sangue o tabernáculo e todos os vasos do ministério. E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão. De sorte que era bem necessário que as figuras das coisas que estão no céu assim se purificassem; mas as próprias coisas celestiais com sacrifícios melhores do que estes. Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus”;
A “justiça de Deus” é revelada no evangelho não por algo que possamos fazer a fim de sermos justos e aceitos por Deus. Não! Antes, a justiça é revelada quando descobrimos claramente o que Deus já fez por nós que somos justificados em Seu sangue.

Agora podemos compreender claramente o que diz o versículo 21 do capítulo 3: “Mas agora se manifestou sem a lei a justiça de Deus, tendo o testemunho da lei e dos profetas”. Bom, então a Lei foi removida e para nada mais serve? Não, de forma nenhuma, pois justamente porque o Senhor Jesus cumpriu a Lei, executou em Si mesmo a penalidade da Lei, é que Ele pode nos justificar, por isso, Paulo responde:
Romanos 3:22a25 – “Isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos e sobre todos os que crêem; porque não há diferença (judeus ou gentios). Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus. Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus. Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus”.

Romanos 3:31 – “Anulamos, pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma, antes estabelecemos a lei”. Pois se não fosse a Lei, então, não haveria sacrifícios, não haveria cordeiros, não haveria preço estabelecido, nem possibilidade de pagar a pena. Antes, por causa da Lei, Ele nos comprou com Seu sangue e nos remiu e, sobre nós, manifestou a “justiça de Deus pela fé e de fé em fé”.
ICoríntios 6:20 – “Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus”.
Assim, o foco principal desta passagem é responder àquela pergunta feita por Jó há muitos séculos atrás: “Como pode o homem ser justo diante de Deus”? (Jó 9:2)

Jó sabia que nada tinha de bom, que suas próprias obras não poderiam, jamais, justificá-lo diante do Senhor: Jó 9:20 – “Se eu me justificar, a minha boca me condenará; se for perfeito, então ela me declarará perverso”. Por isso, ele compreendia que “todos pecaram” e estão debaixo do pecado, assim, nossa justiça jamais poderia vir de nós mesmos. Somente aqueles que têm fome e sede de justiça poderão ser fartos (Mt.5:6), somente aqueles que estão cansados e sobrecarregados pelo fardo do pecado poderão encontrar alívio (Mt.11:28); mas todos aqueles que agora riem, que fazem pouco do perigo, já estão fartos e saciados, não sentem o terror da ira, são ricos de bens e prazeres, recebem elogios e louvores dos homens. esses não sentem nenhuma necessidade de receber “justiça de Outro” em suas vidas. Sobre eles a sentença do Senhor:
Lucas 6:24a26 – “Mas ai de vós, ricos! porque já tendes a vossa consolação. Ai de vós, os que estais fartos, porque tereis fome. Ai de vós, os que agora rides, porque vos lamentareis e chorareis. Ai de vós quando todos os homens de vós disserem bem, porque assim faziam seus pais aos falsos profetas”.

Então, o que vem revelado no evangelho, diz Paulo, é o meio pelo qual Deus resolve o problema, é o meio pelo qual Ele mesmo nos propicia a justiça que Ele exige para que possamos estar diante dEle em plena e perfeita comunhão de acordo com Sua Lei. Por isso ele afirma:
Romanos 3:21e22 – “Mas agora se manifestou sem a lei a justiça de Deus, tendo o testemunho da lei e dos profetas; Isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos e sobre todos os que crêem; porque não há diferença (entre judeus e gentios)”. Se manifestou sem a Lei não quer dizer que a Lei foi anulada, mas que, tendo sido cumprida e realizada no sacrifício de Cristo, agora a justiça pode se manifestar livremente a todos os Seus, pois Ele já pagou a penalidade. Assim, a nossa justiça não é nossa, nem poderia ser, mas é dEle, e dEle vem para nós pela fé que Ele mesmo nos deu por Seu dom inefável:

Filipenses 3:9 – “E seja achado nele, não tendo a minha justiça que vem da lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a saber, a justiça que vem de Deus pela fé”;
Assim, o profeta Habacuque, em seu tempo, vendo todo o povo de Deus caindo sob o cativeiro dos caldeus indagou: Será que vão sobreviver? Restará algum? Serão todos exterminados? Não! “O justo por sua fé viverá”. Em outras palavras, os retos pela fé, ou, os justos pela fé, viverão. Aqueles que foram feitos justos, por sua fé no Salvador, estes viverão.

ICorintios 2:12a14 – “Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus. As quais também falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais. Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente”. O Espírito que provem de Deus para que? A resposta a esta tão sublime pergunta é: Para que pudéssemos conhecer, entender, receber e desfrutar aquilo que nos foi dado gratuitamente e sem a Lei. Que descoberta maravilhosa, o Dom da fé revelada aos Eleitos; mas, a mente carnal do homem natural, jamais irá compreender estas coisas.

Como bem disse o Senhor acerca da revelação, acerca do dom da fé que não é dado a quem quer ou corre, mas apenas àqueles a quem o Filho quer revelar: Mateus 11:25-27 – “Naquele tempo, respondendo Jesus, disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque assim te aprouve. Todas as coisas me foram entregues por meu Pai, e ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar”. Que todos nós possamos estar entres estes...

Romanos Estudo n°17

Os sábios deste mundo chamam Deus de injusto por condenar o pecado e o pecador, mas afinal, “quem é tu que a Deus replica?” 

Romanos 1:18 – “Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda a impiedade e injustiça dos homens, que detêm a verdade em injustiça”. Aqui está o fundamento, pois assim como a justiça de Deus é revelada no evangelho, assim também, Sua Santa e Justa Ira é revelada contra toda impiedade e injustiça praticada pelos homens, porque detêm a verdade, impedem a verdade, têm seus olhos vendados, seus corações endurecidos e são indesculpáveis, primeiro o judeu, mas, também o grego, ou seja, todos estão envolvidos, todos pecaram e carecem da Graça.
Alguém poderia objetar, perguntando: “Isso não é injusto? Pois eu bem poderia entender a ira de Deus sendo revelada desta maneira contra os judeus, afinal de contas eles eram um povo especial, e Deus se manifestou a eles de maneira tremenda. Deu-lhes as Escrituras, os profetas, a Lei, ou seja todas as oportunidades possíveis, todavia os gentios – certamente não poderiam receber o mesmo tipo de punição; eles nunca tiveram oportunidade alguma; eles não têm conhecimento destas coisas. É justo? Será certo afirmar que a ira de Deus vem também sobre os gentios, da mesma forma que sobre os judeus?”

E do versículo dezenove ao fim do capítulo, Paulo lida com essa objeção. “Ah, sim”, diz ele, “esta verdade se aplica igualmente aos gentios e aos judeus. Os gentios, como os judeus, estão sem desculpa, uma vez que Deus não os deixou sem conhecimento; Ele deu-lhes a necessária evidência na criação, e a sua recusa dessa evidência lhes traz condenação”. Ele elabora esta argumentação de maneira bem minuciosa com o objetivo de estabelecer que os gentios também são indesculpáveis:
Romanos 1:19a21- “Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis; Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu”. Vejamos a prova que Paulo apresenta: “Deus os entregou a injustiça” – com isto ele quer dizer que Deus já os puniu. Não há necessidade de perguntar se Ele vai puni-los; Ele já o fez, já os entregou. O terrível tipo de vida que eles têm levado e a direção triste em que o mundo caminha é a prova inconteste da punição.

A ira se manifesta – Em nossos dias tem se tornado comum o jargão que diz: “Deus odeia o pecado, mas ama o pecador”. A frase soa bem bonita, mas quando olhamos com mais atenção, percebemos que o pecado é um ato cometido pelo pecador e um não existe sem o outro; portanto, obviamente, Deus odeia o ato e, também, aquele que o comete:
Provérbios 3:32 – “Porque o perverso é abominável ao SENHOR, mas com os sinceros ele tem intimidade”.
Salmos 106:40 – “Então se acendeu a ira do SENHOR contra o seu povo, de modo que abominou a sua herança”.
Amós 5:21 – “Odeio, desprezo as vossas festas, e as vossas assembleias solenes não me exalarão bom cheiro”.
Jeremias 44:4 – “E eu vos enviei todos os meus servos, os profetas, madrugando e enviando a dizer: Ora, não façais esta coisa abominável que odeio”.
Provérbios 17:15 – “O que justifica o ímpio, e o que condena o justo, tanto um como o outro são abomináveis ao SENHOR”.
Salmos 5:5e6 – “Os loucos não pararão à tua vista; odeias a todos os que praticam a maldade. Destruirás aqueles que falam a mentira; o SENHOR aborrecerá o homem sanguinário e fraudulento”.

Uma pergunta interessante que alguém pode fazer é: Se um homem inocente, que mora no interior da África, vier a morrer sem ouvir o evangelho e sem conhecer o Senhor Jesus, qual será o seu destino?
Certamente, este homem, caso ele existisse, iria para o céu. Todos sabemos que não há ninguém que faça o bem, e não há um só justo ou inocente sobre a terra, por isso, “todos pecaram e destituídos estão da Glória”, da Presença, da comunhão com Deus (Rm.3:9a15,23). É muito comum as pessoas acusarem a Deus de injustiça quando descobrem que Sua Santa ira está para se manifestar de forma ainda mais plena sobre toda impiedade e sobre todos os que não foram lavados pelo Sangue do Cordeiro. 

Este conceito parece loucura para aqueles que acreditam na autoajuda, na autojustiça (justiça própria), pois eles acreditam que se fosse dada a mesma chance para qualquer homem, então ele se arrependeria e se converteria, provando ser uma enorme injustiça condenar juntos os que tiveram a chance de ouvir e aceitar, com aqueles que nunca ouviram; Porém, a Bíblia é contumaz em afirmar com clareza que, tanto judeus (possuem conhecimento), como gentios (desconhecedores), todos são indesculpáveis; Ademais, a conversão e o arrependimento não dependem do homem simplesmente ouvir, antes, depende de Deus operar, portanto, não é a chance de ouvir que fará, no final, a diferença... A real diferença está na operação do Espírito pela escolha soberana do Criador.
Atos 2:39-40 – “Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe, a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar. E com muitas outras palavras isto testificava, e os exortava, dizendo: Salvai-vos desta geração perversa”. A promessa diz respeito a todos os que o Senhor chamar, caso eles estejam na África, nossa obrigação é levar a eles a boa nova, pois eles a ouvirão. A Salvação vem de Deus, não dos homens.

IITessalonicenses 2:13 – “Mas devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados do SENHOR, por vos ter Deus elegido desde o princípio para a salvação, em santificação do Espírito, e fé da verdade”. Deus nos elegeu para a salvação antes da fundação do mundo e, por consequência, irá fazer o evangelho chegar aos ouvidos e aos corações de Seus eleitos; mas os humanistas não gostam destas verdades Bíblicas, por isso desenvolvem seus próprios conceitos e filosofias acerca da salvação. Consideram que o homem é o dono do seu destino e, na tentativa de justificar a Deus, tentam explicar a Ira e a condenação que vem sobre os ímpios a partir da lógica baseada na justiça humana e nos argumentos que eles mesmos desenvolvem; mas para nós há uma só forma de crer e pensar e é aquela que está expressa nas Escrituras:
João 17:13-17 – “Mas agora vou para ti, e digo isto no mundo, para que tenham a minha alegria completa em si mesmos. Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo. Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal. Não são do mundo, como eu do mundo não sou. Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade”. Qual a causa do mundo nos odiar? A Palavra que nos foi dada. O Senhor não deseja que sejamos arrebatados e removidos do mundo, mas que, permanecendo nele, sejamos completamente diferentes dele, tendo uma mente moldada e regida pela Palavra que Ele nos deixou... santifica-os na Verdade... que Verdade? A tua Palavra. Os modernistas dirão que existem muitas verdades... cada um tem a sua... mas eles estão mentindo. Só há uma Verdade, e esta é a Palavra contida nas Escrituras.

Por isso Paulo diz: Romanos 1:21 – “Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu”. “...a condenação destes é justa (Rm.3:8). Não haverá inocentes no inferno, assim como não haverá pecadores (não transformados) no céu. Muitos são os conceitos Bíblicos que chocam os mundanos, por isso, recentemente, grupos extremistas, como os movimentos LGBT, têm buscado afrontar os cristãos com imagens da Cruz e toda sorte de deboches acerca do evangelho, mas a existência deles é exatamente a prova do desprazer e abandono a qual Deus os entregou:
Romanos 1:24-27  – “Por isso também Deus os entregou às concupiscências de seus corações, à imundícia, para desonrarem seus corpos entre si...Por isso Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza. E, semelhantemente, também os homens, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, homens com homens, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro”.

Porque do céu se manifesta a ira de Deus...” – Precisamos entender que é isso mesmo que o Espírito Santo quer dizer: Ira de Deus! O mundo está debaixo da ira de Deus e a ira já está se manifestando, nós já podemos ver os seus sinais em todas as desgraças e misérias que temos vivido neste tempo presente, mas há uma esperança, e este é o centro da mensagem evangelística; ele não está dizendo que as pessoas terão suas necessidades materiais supridas, seus sonhos de consumo realizados e sua felicidade neste mundo alcançada, não! Esta não é a mensagem; a mensagem é: “Salvai-vos desta geração perversa”(At.2:40). “Sai dela povo meu”(Ap.18:4). “Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos Céus”(Mt.4:17). O Reino traz consigo princípios e valores completamente estranhos à justiça do homem, por mais reta que ela possa parecer. Os sábios deste mundo chamam Deus de injusto por condenar o pecado e o pecador, mas afinal, “quem é tu que a Deus replica?”

Romanos 9:20 – “Mas, ó homem, quem és tu, que a Deus replicas? Porventura a coisa formada dirá ao que a formou: Por que me fizeste assim?” 




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