Estudo no Livro de Daniel
Estudo feito pelo Irmão Acyr
Capítulo 1 – Condição moral necessária para conhecer e compreender a mente de Deus.
Quem era Daniel e qual a opinião de alguns críticos modernos? (Mt. 24:15 e Mc.13:14).
Críticos dizem que Daniel pode ter vivido mais de duzentos anos depois da existência dos impérios acerca dos quais ele escreveu sendo apenas um romancista. Mas
podemos ver que o profeta Ezequiel que foi contemporâneo de Daniel, já o
conhecia como profeta do Senhor. Ez 14:14e20; Ez 28:3
"...Daniel se recusa a prazeres lícitos nos quais a grande maioria de seus companheiros judeus não viam nenhum mal! Vivemos dias em que quase todas as comidas, lugares, companhias e ambientes são consideradas normais aos crentes!"
Dn. 1 a 4 – NO ano terceiro do reinado de Jeoiaquim, rei de Judá, veio Nabucodonosor, rei de Babilônia, a Jerusalém, e a sitiou. E o Senhor entregou nas suas mãos a Jeoiaquim, rei de Judá, e uma parte dos utensílios da casa de Deus, e ele os levou para a terra de Sinar, para a casa do seu deus, e pôs os utensílios na casa do tesouro do seu deus. E disse o rei a Aspenaz, chefe dos seus eunucos, que trouxesse alguns dos filhos de Israel, e da linhagem real e dos príncipes, Jovens em quem não houvesse defeito algum, de boa aparência, e instruídos em toda a sabedoria, e doutos em ciência, e entendidos no conhecimento, e que tivessem habilidade para assistirem no palácio do rei, e que lhes ensinassem as letras e a língua dos caldeus. O Juízo de Deus sobre o reino de Judá em consequência da constante desobediência.
Êxodo 23:10 e 11- Ano sabático, ignorado por 490 anos= 70 x 7. Aqui vemos a razão dos 70 anos de cativeiro. Deus cobra o cumprimento da Lei e o povo desceu cativo à terra de Sinar na Babilônia e a terra guardou seu sábado. Ler Salmos 50:5 a 8, 16, 17, 21. Muito se tem falado acerca do direito dos crentes, mas muito pouco se fala dos direitos de Deus para com seus Santos.
As características dos jovens escolhidos
Dn. 5 a 7 – E o rei lhes determinou a porção diária, das iguarias do rei, e do vinho que ele bebia, e que assim fossem mantidos por três anos, para que no fim destes pudessem estar diante do rei. E entre eles se achavam, dos filhos de Judá, Daniel, Hananias, Misael e Azarias; E o chefe dos eunucos lhes pôs outros nomes, a saber: a Daniel pôs o de Beltessazar, e a Hananias o de Sadraque, e a Misael o de Mesaque, e a Azarias o de Abednego. Os nomes hebraicos dos jovens que caracterizavam sua religião e a condição que eles deveriam ter aprendido em suas casas com seus pais. Eles deveriam ter uma religião e um conceito pré-formado acerca do Deus de Israel. Isso só poderia ter sido dado pelas suas mães.
Por
que os jovens não poderiam comer das iguarias da comida do rei da Babilônia?
Conforme aprendemos na Lei de Moisés, no cap 11 de Levíticos, vemos uma lista
de alimentos que eram proibidos para o povo de Deus (filhos de Israel). Desta
forma, é muito provável que no meio às carnes e comidas dos babilônicos
houvessem os alimentos considerados impuros na Lei do Senhor.
Dn. 8 e 9 – E Daniel propôs no seu coração não se contaminar com a porção das iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia; portanto pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não se contaminar. Ora, Deus fez com que Daniel achasse graça e misericórdia diante do chefe dos eunucos. Um coração que serve a Deus acha graça até diante dos olhos dos inimigos escravizadores. Daniel se recusa a prazeres “lícitos” nos quais a grande maioria de seus companheiros judeus (crentes no Deus de Israel) não viam nenhum mal! Vivemos dias em que quase todas as comidas, lugares, companhias e ambientes são consideradas normais aos crentes! Daniel e seus amigos propuseram: “Não nos contaminaremos a nós mesmos!” Talvez tenham recebido duras críticas dos mais liberais por tomarem essa atitude!
Por que Daniel teve a ideia de propor em seu coração não se contaminar com as carnes e alimentos típicos dos babilônicos? Quando lemos o capítulo 11 de Levíticos, observamos as minuciosas regras que Deus havia estabelecido em relação aos alimentos permitidos ao seu povo. Daniel havia aprendido a Lei de Deus desde a sua infância, e mesmo que agora tivesse se tornado um escravo, decidiu honrar a Deus em meio ao sofrimento. Ele não achava que poderia considerar uma única ordem por menor que fosse, desprezível ou irrelevante. Queria obedecer em todos os detalhes àquilo que ele conhecia da Lei do Senhor. Muitos alimentos como carnes de porco, coelho e outros animais eram proibidos e Daniel não tinha como saber se em meio às iguarias do rei essas carnes poderiam estar incluídas. Portanto, era mais seguro comer apenas legumes e verduras.
Por que Daniel teve a ideia de propor em seu coração não se contaminar com as carnes e alimentos típicos dos babilônicos? Quando lemos o capítulo 11 de Levíticos, observamos as minuciosas regras que Deus havia estabelecido em relação aos alimentos permitidos ao seu povo. Daniel havia aprendido a Lei de Deus desde a sua infância, e mesmo que agora tivesse se tornado um escravo, decidiu honrar a Deus em meio ao sofrimento. Ele não achava que poderia considerar uma única ordem por menor que fosse, desprezível ou irrelevante. Queria obedecer em todos os detalhes àquilo que ele conhecia da Lei do Senhor. Muitos alimentos como carnes de porco, coelho e outros animais eram proibidos e Daniel não tinha como saber se em meio às iguarias do rei essas carnes poderiam estar incluídas. Portanto, era mais seguro comer apenas legumes e verduras.
-Princípio de Deus quanto à verdadeira profecia: Salmo 25:14.
- IIJoão 8 – olhai por vós .....
(prevaricar: Falta ao dever, ou aos deveres de seu cargo ou ministério. Torcer a justiça (Perpetrar adultério).
Para ser um instrumento de Deus e um profeta, Daniel se santificou ao Senhor (Josué 3:5).
O que significa santificação na vida de um crente?
Texto do Ver. Robert Traill -1696:
– Santificação é o processo e formação e moldagem da nova criatura; é implantar e esculpir a imagem de Cristo em uma alma insignificante. Como ansiava o Apóstolo Paulo: “Até ser Cristo formado em vós” (Gal.4:19) para que eles pudessem “trazer também a imagem do celestial” (ICor.15:49).
Há somente dois homens aos quais o mundo pode se assemelhar e o mundo irá proceder do mesmo modo que eles. Ou procederá como o primeiro Adão ou como o segundo Adão. (Rom. 5:14)
Em que a justificação e a santificação se assemelham?
-Autor – Rom 8:33 x Êxodo 31:13
-Origem - Tito 3:5
-Ambas ocorrem no mesmo indivíduo e juntamente: Um homem jamais pode ser justificado sem que seja santificado ...... Isso ocorre simultaneamente (ICor.6:11)
- São operadas através dos mesmos meios: João15:3 e Efésios 5:26.
- Ambas igualmente necessárias para a vida Eterna.
Em que a santificação e a justificação diferem entre si?
*A justificação é um ato de Deus em relação ao estado do homem, e a santificação é a obra de Deus em relação à natureza do homem. Deus é um juiz na justificação e um médico na Santificação (Salmo 103:3).
*Justificação é um ato da graça de Deus em benefício da justiça em nosso favor (imputação), mas a santificação é uma obra de Deus que transmite a santidade em nós (transmissão). Filipenses 3:9. Nossa justiça não é nossa, externamente recebemos a imputação, mas a santificação está dentro pela habitação do Espírito que vem para transmitir a santidade.
*A justificação é completa, mas a santificação é incompleta (Romanos 8:33 e IICorintios7:1).
Dn. 10 a 21 - E disse o chefe dos eunucos a Daniel: Tenho medo do meu senhor, o rei, que determinou a vossa comida e a vossa bebida; pois por que veria ele os vossos rostos mais tristes do que os dos outros jovens da vossa idade? Assim porias em perigo a minha cabeça para com o rei. Então disse Daniel ao despenseiro a quem o chefe dos eunucos havia constituído sobre Daniel, Hananias, Misael e Azarias: Experimenta, peço-te, os teus servos dez dias, e que se nos dêem legumes a comer, e água a beber. Então se examine diante de ti a nossa aparência, e a aparência dos jovens que comem a porção das iguarias do rei; e, conforme vires, procederás para com os teus servos. E ele consentiu isto, e os experimentou dez dias. E, ao fim dos dez dias, apareceram os seus semblantes melhores, e eles estavam mais gordos de carne do que todos os jovens que comiam das iguarias do rei. Assim o despenseiro tirou-lhes a porção das iguarias, e o vinho de que deviam beber, e lhes dava legumes. Quanto a estes quatro jovens, Deus lhes deu o conhecimento e a inteligência em todas as letras, e sabedoria; mas a Daniel deu entendimento em toda a visão e sonhos. E ao fim dos dias, em que o rei tinha falado que os trouxessem, o chefe dos eunucos os trouxe diante de Nabucodonosor. E o rei falou com eles; e entre todos eles não foram achados outros tais como Daniel, Hananias, Misael e Azarias; portanto ficaram assistindo diante do rei. E em toda a matéria de sabedoria e de discernimento, sobre o que o rei lhes perguntou, os achou dez vezes mais doutos do que todos os magos astrólogos que havia em todo o seu reino. E Daniel permaneceu até ao primeiro ano do rei Ciro. O resultado da santificação e devoção ao Senhor pode ser vista aqui.
Daniel Capítulo 2
"...se quisermos, verdadeiramente tratar com Deus, devemos primeiro reconhecer a limitação de nossos próprios recursos".
Os tempos dos gentios – A grande estátua
Na questão profética é de fundamental importância entender a distinção
entre Israel e nós, os gentios – Lucas 21:24. A igreja é um elo de ligação
entre os povos, mas também, na profecia, tem seu lugar a parte bem definido.
ICorintios10:32.
Nabucodonosor é instituído, por Deus, monarca sobre todo o mundo
conhecido de então- Daniel 2:21,37.
Dn2:29 – “Meditar
nas visões e no futuro” – Até um monarca pagão pôde meditar no futuro de sua alma e bom seria
se nós fizéssemos o mesmo ao invés de nos ocuparmos tanto com nosso bem estar
no mundo.
Dan.2:18 a 23 – Aqui a oração para obter o contato com o Senhor em um
momento de profunda crise; e a demonstração daquilo que é a inefável fonte da
adoração: adorar em gratidão pela manifestação e o falar de Deus ao coração,
deveríamos buscar esse tipo de adoração, aquela que vem após o falar do Senhor,
contando aquilo que o Senhor fez!
Dan.2:28 – Aqui vemos que após o fim dos recursos humanos entra em cena
um Deus que revela mistérios. Aqui é revelado que se quisermos, verdadeiramente
tratar com Deus, devemos primeiro reconhecer a limitação de nossos próprios
recursos.
Dan.2:29 a 33 – As partes da estátua representam quatro impérios
mundiais sucessivos que haviam de governar sobre o povo de Israel: O ouro é a
Babilônia (586-539a.C.); a prata, dois braços; os medo-persas, dois reinos que
se unem para formar um (539-332 a.C.)Dn.5:31; o bronze, os gregos (332-63a.C.);
e o ferro e o barro representam os romanos, divididos em duas pernas, reino do
oriente e do ocidente e no final misturando povos do Noroeste da Europa e
bárbaros que se fundiram aos seus primitivos habitantes; os dedos, unidos aos
pés, indicariam, no fim 10 reinos formando uma nova unidade, mas não em
completa união, como o barro que não se une quimicamente ao ferro, antes
da destruição definitiva pela grande rocha (início em 63a.C.).
A grande Pedra: Isaias 8:14 com Rom.9:32; Salmo 118:22; Mat.21:44; Atos
4:11; IPedro2:7; Mateus16:16 a 18.
Deus prevê para o fim, já nas proximidades da grande tribulação, o retorno
de Israel à sua terra. Isaías28:16; Zacarias 3:9; Apoc.3:1; 4:5; 5:6. – Os sete
Espíritos que são sete olhos.
Explicar a interrupção da contagem profética pelo fato da rejeição de
Israel e pelo fato de Israel ter saído de cena no tempo dos gentios.
Daniel 2: 46 e 47: Nabucodonosor se converteu???
Vemos
na história do rei Saul em ISamuel 19:23-24, que por algum tempo, este rei de
Israel foi tão cheio do espírito santo a ponto de profetizar, sendo um daqueles
que foram iluminados e provaram o dom celestial e se tornaram participantes do
espírito santo (Hb.6:4a6) e provaram a boa palavra de Deus e as virtudes do
século futuro, porém recaíram, tornando impossível a renovação para
arrependimento, pois assim quanto a eles de novo crucificaram o filho de Deus.
Não sabemos se Nabucodonosor teve uma experiência igual a de Saul ou igual a de
Saulo que nunca mais retrocedeu.
Daniel Capítulo 2 - Complemento
"A luta da Igreja não é contra o sangue e a carne, mas sim contra os principados. Ef 6:12"
Israel e Igreja, semelhanças e diferenças relativas à palavra profética
Deus se revela a Israel como Jeová (Êx.6:1a7). Para a Igreja Ele se revela como Pai. Assim somos, em Cristo: Filhos de Deus, membros de sua família, herdeiros com Ele, o primogênito entre muitos irmãos, a expressão da plena glória de Seu Pai(Rom.8:29; Ef.5:20).
Muitos crentes julgam que a Igreja é a continuação de Israel. Se pretendem dizer que a Igreja ocupou o lugar de Israel como testemunho de Deus na terra depois da rejeição do povo eleito, então, até certo ponto, é exato.
Alguns querem dizer que a Igreja começou com Adão e continuará até o juízo final e que Israel está, portanto, incluso na Igreja, e que as promessas de ambos são as mesmas. Mas segundo as declarações inequívocas das Escrituras não é assim.
Efésios 3:9 a 11- Diz que a Igreja era um mistério desde os séculos oculto em Deus. Col.1:24 a 25 confirma esta verdade.
Jesus é o início e o princípio da Igreja-Col.1:18
Jesus é o cabeça da Igreja Ef.1:22 - Jesus, depois de sua ascensão, veio a ser o cabeça da Igreja. Ef.4:8a16; Ef.2:19a22; Ef.3:5; –Profetas do Novo Testamento colocam o fundamento da Igreja.
A Igreja teve seu início no pentecoste e é o templo do Esp. Santo – Atos1:5,6; ICor.3:16; Ef.2:21,22; Mateus16:18 - O Senhor Jesus profetiza acerca da Igreja que seria edificada. Mas isso não é a restauração do Reino terreno de Israel, isso é a construção do templo de Deus na terra, que é a Igreja, as pessoas que Deus escolhe, mas no milênio será restaurado o reino à Israel e isso acontecerá após a batalha do armagedon. Em nossos dias, Israel já voltou a existir como país, mas no milênio será um Reino, onde o próprio Deus será o Rei na Jerusalém celestial – Isaías 60:1,2,10,11; Is.62:1e2; Is.65:17a18; Apoc.20:2a10; Hebreus 8:8 a13 -Milênio.
A diferença entre Israel e a Igreja
A Bíblia nos mostra primeiramente que Deus falou à Israel na terra, e à Igreja Ele fala dos céus - Heb.12:25. Deixando claro que Israel é um povo ligado à terra e possui bênçãos terrenas, mas a Igreja possui bênçãos celestiais. Efésios1:3
Israel possui uma promessa de herança na terra- Gen.12:7;15:7e18;17:8;26:3; 28:13. Herança feita a Abraão e confirmada ao povo: Ex.6:7; 13:5; 15:17; Lev.25:2.
A Igreja tem uma herança guardada nos céus (IPed.1:4) Sua vocação é celestial (Fil.3:14; Heb.3:1). Sua cidadania está nos céus e já esta assentada nos lugares celestiais (Efésios2:16).
As bênçãos de Israel são todas terrestres relacionadas à Canaã. Se lermos Deuteronômio 28:2a8 ficamos impressionados por não haver nenhuma promessa de bênção celestial, mas muitas promessas de bênçãos materiais. Já as bênçãos da Igreja são todas celestiais-Efésios1:3.
A luta de Israel é travada na terra através de guerras humanas na Palestina (Núm.13:29; 33:51a56). A luta da Igreja não é contra o sangue e a carne, mas sim contra os principados.... .Efésios 6:12
De tudo deduz-se que Israel e a Igreja pertencem a duas dispensações distintas. Devemos ter cuidado em não aplicar à Igreja as profecias que se referem a Israel, e a Israel as que se referem à Igreja.
Daniel Capítulo 3
Daniel Capítulo 3
"Por isso o grande perigo da adoração barulhenta que atinge a alma, mas não esta calcada em Espírito e em Verdade, sempre geram emoções passageiras mas não convicção profunda!"
Daniel 3:1 a 7 – O Grande milagre e demonstração do poder de Deus, ao invés de operar conversão e profundo arrependimento, provoca sensação de grandeza em Nabucodonosor que constrói uma estátua provavelmente semelhante a que viu em seu sonho a fim de ser adorada!
Qual a função do milagre de Deus em nossas vidas? Os milagres sempre nos levam à conversão? Qual a opinião de Jesus?
João6:30a33; Mateus16:1a4; Mateus12:39 (Explicar como as sensações dos eventos sobrenaturais podem produzir uma mentalidade adúltera no povo de Deus); João 2:18a22; Herodes queria um sinal Lucas23:8e9; O Diabo pede sinal Lucas4:9; Mateus24:24; O Verdadeiro e fiel crente calça sua fé na Lei e nos profetas Lucas 16:27a30. Jesus não cria neles... João2:23a25
Daniel 3:5e7- A força da música na opulência das grandes orquestras, nas sensações e emoções que despertam, fazendo uma adoração baseada em sentimentos; Isso é algo que sempre funciona, ainda que o objeto adorado seja uma mera estátua! Por isso o grande perigo da adoração barulhenta que atinge a alma, mas não esta calcada em Espírito e em Verdade, sempre geram emoções passageiras mas não convicção profunda!
A estátua representa, em última instância, o tempo dos gentios, a cabeça de ouro, a glória do homem. Possuía 60 côvados de altura e 6 de largura, fazendo referência ao 666 de apocalipse13:18; o 6 representa o esforço humano para ser grandioso e ser o deus de sua própria vida e existência, excluindo a perfeição de Deus representada pelo 7.
Daniel 3: 8a18- Conforme a ordem do Senhor, eles não se dobraram.
Êxodo20:4e5. O Senhor não abandona os fiéis. Isaías43:2.
Daniel 3:19a30 – Vemos que Nabucodonosor demonstra respeito e admiração pelo Senhor, mas não há indícios da verdadeira conversão que diz, como Tomé em João20:28 – “Senhor meu e Deus meu”.
Aqui, nesta estátua precisamos atentar ao sentido profético, pois faz referência a Mateus24:15 quando o anticristo desejará ser adorado pelos Judeus e estes terão de decidir se irão se prostrar ou não diante dele. Tempo de angústia para Jacó - Jeremias30:7. Todo o mundo, após o arrebatamento da Igreja, será levado a aceitar o anticristo como messias, e a abominação da desolação, pode ser uma estátua como também esse movimento de adoração abominável a Deus.
O Anticristo deverá ser um judeu de nascença que dominará na terra da Palestina. Neste tempo o cristianismo apóstata e o judaísmo apóstata se unirão a este monstro de iniquidade, mas o Senhor guardará e levantará Seu pequeno rebanho para ousar estar em pé, sem se dobrar, da mesma forma que Sadraque, Mesaque e Abdenego. Assim como o apóstolo Paulo diante de Nero; IITimóteo 4:16,17, ficando “livre da boca do Leão”.
"Após se humilhar e reconhecer o pecado o homem alcança misericórdia do Senhor."
Daniel1:1a7 - Deus já
havia falado com Nabucodonosor por 2 formas distintas: O Sonho com a estátua e
o Filho de Deus em meio à fornalha ardente. Agora o Senhor usa de uma
advertência solene e a previsão de uma grande humilhação.
Jó 33:16 e 17 – Deus
deseja tirar o homem do caminho perverso e esconder da soberba. Jó 33:27- Após
se humilhar e reconhecer o pecado o homem alcança misericórdia do Senhor.
Podemos claramente ver no
versículo 1 de Daniel 4 a extensão do reino de Nabucodonosor e a forma como
toda essa grandeza poderia causar soberba. Ele se sentia em paz na prosperidade
de seu palácio e de suas conquistas, até que o Senhor começa a falar ao coração
dele. É importante perceber que este capítulo 4 parece ter sido escrito pelo
próprio Rei.
Daniel 4:5- “que
me espantou; estando eu na minha cama, as imaginações e as visões da minha
cabeça me turbaram”- Podemos dizer que: Foi a graça que o atormentou; desta forma
pôde ser alcançado o coração daquele rei! De certa forma, creio que, de uma ou
outra maneira, toda a alma que deverá ser salva passará por esse período de
inquietação.
Dn.4:11 – Crescia essa
árvore e se fazia forte de maneira que sua altura chegava até ao céu; e era
vista até os confins da terra. Como sempre o coração do homem tem o mesmo
desejo que houve no Rei Ezequias em IICrônicas 32:30,31. E houve, também nos
edificadores de Babel Gen.11:4 – “Eia edifiquemos para nós uma
cidade e uma torre cujo cume toque nos céus, e façamos um nome...”
Aqui vemos o grande desejo por fama e reconhecimento que foi a causa de ruína
de Ezequias e de Adão quando ouviu da serpente ...... “e
sereis como Deus”(Gen.3:5).
Desde que o pecado entrou
no mundo, o homem tem desejado ser como Deus, ser muito famoso, muito
reconhecido, estar à frente de ministérios grandiosos e opulentos. A grande
árvore que chaga ao céu, representa o poder “independente” do homem, a
utilização da força e da capacidade humana na construção de grandes impérios e
grandes obras.
Através deste conceito de
poderio humano, o Senhor nos ensina em Mateus 13 como deve ser o Reino de Deus
nesta época da graça. A forma que ele toma com a rejeição do Rei. A forma que o
Reino assume até a Volta do Senhor Jesus para estabelecer seu reino em
definitivo. É caracterizado pelo fato de o Rei estar ausente. Ele foi rejeitado
e morto pelo Seu povo e está assentado no trono de Seu Pai; não no seu próprio
trono na terra.
As quatro primeiras
parábolas nos falam da forma exterior do reino. Na primeira, o Senhor deixa
claro que nem todos retém o evangelho com um coração honesto e bom (Lc.8:15)
mas que, para muitos é apenas exterior (Mc.4:19 e Mt.13:22). Na segunda, que o
princípio do Reino era bom; porém logo veio o inimigo semeando o joio no meio
do trigo. O Próprio Senhor chama de trigo os “filhos do Reino” e Joio os
“filhos do maligno”. Estes “crentes-incrédulos” devem viver entre os crentes
até o tempo do fim. Fazem parte da igreja nominal na terra, mas não possuem
seus nomes arrolados no Livro da Vida do Cordeiro (Ap.21:27).
Mt.13:31 e 32- A terceira
parábola mostra-nos que o reino se tornaria um grande império mundial (grande
árvore) que, apesar de não ser conforme com sua natureza (um grão de mostarda,
a mais pequena de todas as sementes); enquanto o Rei fosse rejeitado este império
dominaria na terra. As aves do céus aninhar-se-iam em seus ramos
(demônios-Mt.13:4e19 e Mc.4:4e15) (Apoc.18:2) e doutrinas impuras se
estabeleceriam nele.
O Senhor Jesus sempre
deixou claro que o Reino dos céus é semelhante, também, a um Rei que partiu a
uma terra distante.....(Lucas20:9; Lc.19:11e12; Mat.21:33; IICor.5:6)
Na quarta parábola
(Mt.13:33), vemos a corrupção interna. A farinha pura seria completamente
corrompida pela levedura introduzida secretamente nela. Doutrinas falsas e
corrupção moral seriam introduzidas (Mat.16: 6,11,12; ICor.5:6; Êxodo12:19;
Êx.13:7; Mc.8:15; Lc.12:1).
"O compromisso com Deus e com a Verdade doa a quem doer vem primeiro".
Daniel 5:1a4- A completa
impiedade do Rei Belsazar filho de Nabonido e neto de Nabucodonosor. Utilizando objetos
consagrados e santificados a Deus em uma festa ímpia. Para que melhor possamos compreender este evento, é necessário saber que Belsazar começa a reinar em co-regencia com seu pai Nabonido que era o herdeiro natural do reinado de Nabucodonosor. Daniel, apesar da idade já avançada, sobrevive a esses reis e, após a queda da Babilônia, irá servir aos reis da Pérsia, a saber: Ciro e Dario.
Acerca de devoção,
reverência, temor, piedade e religiosidade que ainda hoje é exigido de todo
aquele que ama o Senhor: Heb.12:28; IIPed.1:3; IIPed. 1:11; Tito 1:1; Tiago
1:27.
Piedade segundo o
dicionário Aurélio significa: Profundo Zelo e cuidado religioso; misericórdia.
Belsazar desprezou as
coisas que eram consagradas a Deus e pensou que permaneceria impune para sempre!
Dn.5:5e6- Pavor provocado
pela sentença vinda do alto e reconhecida pela intuição humana.
Dn.5:7- mene, mene,
tequel, ufarsim = contado, contado, pesado, dividido. Todos podiam ler essas
palavras escritas na língua dos caldeus, mas quem poderia dar a interpretação?
No íntimo de seu coração o rei sabia que a interpretação era muito ruim para ele
e também sabia que os magos bajuladores, mesmo que soubessem o significado não
teriam coragem para dizer a verdade.
Dn.5:8 a 17 – Daniel não
se impressiona com a bajulação e nem se curva diante dos prêmios e dinheiro do
rei. O compromisso com Deus e com a Verdade doa a quem doer vem primeiro.
Dn. 5: 18 a 21 – A
soberania de Deus sobre todas as coisas, inclusive o mundo ímpio e a prova
irrefutável de que todas as profecias irão se cumprir e que Deus trará tudo à
existência. Deus usou Nabucodonosor para disciplinar os Judeus e Ciro para
corrigir a Babilônia (Isaías45); e Deus usará o próprio governo do anticristo
para destruir a babilônia espiritual que vai imperar sobre a falsa Igreja no
tempo do fim. Apoc.17: 1a 6 e 16.
Dan.5 : 22 a 24 –
Explicação do pecado de Belsazar.
Dan.5 : 25 a 28 – Belsazar
compreendia o significado das palavras e facilmente percebeu que a
interpretação não podia ser outra já que ele estava consciente de seus muitos
pecados, mas não encontrou arrependimento em seu ímpio coração. (IITim.2:25)
Dan. 5: 29 a 31 – Dario,
segundo os historiadores, deveria ser um segundo nome de Ciáxares II que os
historiadores admitem ter a idade de 62 anos neste período e ter feito uma
aliança com seu sobrinho Ciro e que por ser mais velho tinha a primazia, mas o
comando real do império estava nas mãos de Ciro.
Daniel Capítulo 6
"...há uma grande diferença entre aquilo que uma pessoa é em si mesma e o lugar que ela ocupa na tipologia bíblica".
A
preservação do remanescente fiel tipificada.
Daniel 6:1a3 – Daniel é caracterizado por um espírito excelente, uma
disposição excelente, um caráter retíssimo. Dario passa a reinar no lugar de
Belsazar após a morte e derrota do mesmo.
Daniel 6:4e5- Aqui vemos que os homens perversos fazem uma declaração da
excelente justiça de Daniel ao declararem esta sentença: “Nunca acharemos
ocasião alguma contra este Daniel, se não a acharmos contra ele na Lei de seu
Deus”.
Dn. 6:6a8- Vemos a astúcia dos homens maus que através da bajulação e do
fingimento de uma falsa fidelidade para com o rei, sentiram-se seguros que
poderiam persuadir ao rei a assinar o decreto que eles acreditavam poder levar
Daniel a queda diante deles.
Quando assinou o decreto, o rei, mesmo sem perceber, acabou se tornando
uma tipologia do anticristo, pois ele desejará assentar-se no lugar de Deus
para receber toda a adoração do povo (IITessalonicenses2:4). Aqui podemos
perceber que há uma grande diferença entre aquilo que uma pessoa é em si mesma
e o lugar que ela ocupa na tipologia bíblica, pois o rei Dario, apesar de ser
uma pessoa boa e amável, nesta ocasião, quando proíbe o culto a qualquer outro
deus a não ser a ele mesmo, fazendo a si mesmo um objeto de adoração, prefigura
com adequadamente o anticristo. O rei Davi, como rei, prefigura Cristo no Velho testamento, apesar de
ter sido um homem de muitas falhas.
Vers.7: eles mentem que todos os presidentes haviam concordado com o
decreto, isso era uma grande mentira já que Daniel não havia concordado.
Daniel6:9e10- Devemos perceber aqui que Daniel não estava fazendo uma
provocação com suas janelas abertas, porque elas já existiam em seu quarto, ele
apenas não fez questão de esconder-se, antes obedeceu ao conselho de Deus
através da oração de Salomão em IICrônicas6:36a39.
IReis 8:44-45- ordenanças acerca de orações com rosto voltado para
Jerusalém.
Sl.55:16-17- ordenanças acerca de
orações três vezes ao dia.
Daniel6:11a18- Aqui vemos a consternação e o arrependimento do rei após
ter visto a armadilha em que caíra, pois gostava de Daniel e conhecia a retidão
de seu servo. Aqui também podemos ver uma característica do império medo-persa
que é o peito de prata da estátua: O rei devia alguma submissão às leis do país
(Ester 1:19), ele não poderia fazer tudo o que bem entendesse, possuía limites
e restrições. O que não acontecia no império Babilônico com Nabucodonosor que
representa a cabeça de ouro da estátua-“A quem queria matava e a que queria
conservava em vida”(Dn.5:19). Outro fato importante que é que a voz do povo
tende a se fazer cada vez mais ouvida nos impérios subsequentes, até que
chegamos nos pés de barro misturado com ferro - uma mistura de democracia
social e imperialismo que deverá acontecer no início do governo do anticristo
quando os dez chifres ainda não tiverem entregado o governo completamente nas
mãos do pequeno chifre (Apoc.17:17).
Exilados de Judá (Ester 3:8)
Daniel6:19a22- Aqui vemos o coração do rei cheio de impaciência pelo
suave toque do Espírito Santo (Pv.16:7). O rei pode dizer com um misto de
confiança e esperança: “O teu Deus, a quem continuamente serves, Ele te
livrará”(Dn.6:16). Este ímpio monarca, também diz algo tremendamente
significativo: dar-se-ia o caso de que o Deus que continuamente serves tenha podido
livrar-te dos leões.(Dn6:20) Aqui vemos que este rei não tinha familiaridade
com o Verdadeiro Deus, mas fala acerca do Onipotente Deus de Daniel.
IPedro3:13- “E qual é aquele que vos fará mal se fordes zelosos do
bem?”mTalvez nem sempre Deus se agrade em livrar-nos do mal
que nos assola, mas Ele sempre nos preservará em meio ao mal e, no fim, trará
os seus em paz para fora.
É importante lembrar que Deus pode salvar seu servo se esta for a
vontade e o propósito do Senhor, e que também o martírio do servo do Senhor
pode redundar em glória para Ele, como vemos em Hb. 11:35a38 e Cl 1:24.
Daniel6:23a28- Daniel prosperou no reinado de Dario e possivelmente teve
forte influência no reinado de Ciro e em seu decreto que fez o povo de Israel
voltar para sua terra de Canaã.
Daniel Capítulo 7
"Todavia o homem que está em honra não permanece; antes é como os animais, que perecem".
Sl. 49:12
Dan.7:1e2
- O capítulo 7 tem o mesmo escopo, basicamente, do capítulo 2, começando com a
Babilônia e terminando com a derrota de toda a autoridade derivada o curso dos
tempos dos gentios. No segundo capítulo o rei gentil Nabucodonosor vê os
impérios como a estátua de um homem imponente e Nobre, e no sétimo capítulo o
profeta de Deus vê os mesmos reinos com a figura de bestas selvagens de caráter
brutal.
A
história da humanidade com seus grandes feitos e conquistas são vistas como
coisas grandiosas e tremendas, com grandes avanços na economia e política, mas
aos olhos de Deus é bem diferente. Salmos49:12
O Grande
Mar com certeza se refere ao mar mediterrâneo, que significa “meio da
terra” , assim foi chamado pelo entendimento dos povos antigos de que aquela
região deveria ser o centro do mundo e todos os quatro grandes impérios da
antiguidade surgiram em torno desse mar. Os quatro ventos que agitam as águas
são os agentes operantes por trás da mente das pessoas agitadas que não
percebem que tudo está sob o controle do Senhor e tudo se cumprirá conforme a
profecia.
Dan.7:3e4
– Império babilônico, a cabeça de ouro na figura de Nabucodonosor, o rei que
representou o auge desse império Dn2:38. As asas arrancadas representam o
início da decadência e também o coração destemido do Leão trocado pelo coração
de homem que sente medo.
Dan.7:5 –
As três costelas possivelmente representam as três principais cidades do
império Babilônico que caíram nas mãos dos medo-persas: Babel,Ectabana e
Borsipa.
Dan.7:6 –
As quatro asas, a incrível rapidez de suas conquistas. As quatro cabeças representam
a divisão quádrupla do reino de Alexandre, o grande. Seu reino, após sua morte,
foi dividido em quatro partes e distribuído entre seus quatro principais
generais.
Algo
muito impressionante é relatado pelo historiador Judeu Josefo que afirma que
quando Alexandre marchava com seu grande exército para subjugar Jerusalém, os
sacerdotes usando vestes sacerdotais saíram a seu encontro e foram reconhecidos
por ele que concedeu liberdade de culto para os Judeus.
Dan.7:7e8
– Este império não tem um rei em destaque e ainda não terminou o período de sua
existência que só terá fim na volta do Senhor Jesus a fim de estabelecer Seu
Reino eterno Dan.7:18.
Meio
século antes do nascimento de Nosso Senhor, Roma se torna o maior império, dona
de todo o mundo conhecido de então, e por decreto do imperador romano Maria e
José vão para o recenseamento em Belém onde nasce Nosso Senhor e se cumpre a
profecia de Miquéias5:2, mostrando a preocupação de Nosso Deus com cada detalhe
da profecia e de Seu controle sobre todas as coisas.
Esse
animal é mostrado como um ser de natureza composta como a Besta de Apocalipse
13:1 a 9. O império romano foi caracterizado em grande parte por preservar a
cultura dos povos conquistados, criando uma cultura MISTA (leopardo com pés de
urso, boca de Leão). Desta forma este grande império do tempo do fim será
caracterizado por misturas de culturas, ecumenismo religioso e também uma falsa
igreja contextualizada com o mundo, que se aliará ao anticristo sem se dar
conta.
As sete
cabeças representam sete formas de governo, na época de João, cinco já havia
passado e estava em vigência o imperialismo que ainda existe, sendo que hoje
deverá surgir a sétima forma que deverá misturar o imperialismo à democracia,
fazendo do anticristo um imperador eleito e admirado pelo povo.
Daniel Capítulo 8
Daniel Capítulo 8
"...o povo de Israel. Deles é a adoção de filhos; deles são a glória divina, as alianças, a concessão da lei, a adoração no templo e as promessas." Rm 9:4
O chifre muito pequeno: A Grécia
Dn.8:1e 2- O livro de Daniel originalmente foi escrito em 2 idiomas: O
capítulo 1 até o versículo 3 do capítulo 2 foi escrito em hebraico, a partir do
versículo 4 do segundo capítulo até o final do capítulo 7 foi escrito na língua
dos caldeus, também conhecido como aramaico. O restante do livro está escrito
em hebraico. O início do livro como um incentivo à perseverança dos judeus
feitos escravos na Babilônia; a segunda parte parece que Deus está traçando o
curso do tempo dos gentios, e guiou Daniel a escrever um relato na língua do
povo daqueles dias.
Elão era o antigo nome das terras montanhosas à leste de Babel que se
estendem da Índia até o Golfo Pérsico. Foi exatamente nesta região que Ciro conquistou suas primeiras vitórias. Portanto essa visão relacionava-se com a
Pérsia e seus triunfos iniciais e subsequente derrota.
Agora, a partir do capítulo 8 iremos ver a parte hebraica do livro
escrita especialmente para exaltar o povo desprezado e odiado pelas nações, mas
ainda assim, amada por Deus por causa dos pais e pela aliança feita pelo Senhor
com Israel (Romanos9:4).
Lembrar a estrutura Bíblica no que tange à profecia em ICor.10:32.
Dn.8:3a7- Até o capítulo 7 estudamos a ascensão e queda das nações do
mundo mostrando a grande Verdade que a “justiça exalta os povos, mas o pecado é
a vergonha das nações” Pv.14:34.
Importante lembrar aqui que para alguns estudiosos, o carneiro era o
símbolo da Pérsia, e uma imagem dele encontrava-se em suas bandeiras carregadas
por seus exércitos.
Os dois chifres, assim como o urso que se levanta em um dos seus lados,
representam os dois reinos que se uniram: O antigo e respeitado império da Média e o ascendente império da Pérsia que depois, com Ciro no comando,
veio a ser o mais forte.
O bode, vindo do oeste sobre toda a terra, mas sem tocar o chão, de tão
veloz que se movia. Observar no versículo 21 a interpretação da profecia e
relembrar a antiga discórdia e rancor entre os gregos e os persas,
principalmente por causa do reinado de Xerxes sobre a Pérsia e seus assaltos
aos estados helênicos(gregos).
Dn. 8:8 e 22 – O grande chifre foi quebrado e em seu lugar surgiram
outros 4 também insignes, são eles:
Ptolomeu- rei do Egito e dos países adjacentes.
Selêucidas – que tomou a Síria e a Ásia Menor.
Lisímaco- que tinha domínio sobre a Trácia e territórios vizinhos.
Cassandro – a quem foi dada a Macedônia e toda a Grécia.
Estas nações perdem sua importância no âmbito da profecia e a Grécia volta
a ser citada apenas mais uma vez em Zacarias 9:13. A Síria no livro de Daniel é
citada como o Rei do Norte, e o Egito como o Rei do Sul. Todos tendo Jerusalém
como ponto central de referência.
Dn. 8:9 a 12- O chifre muito pequeno que cresce para o Sul e para a
terra formosa. Aqui vemos o pequeno chifre, entendido em adivinhações, que se
levantará nas regiões do Oriente. Onde estamos vendo uma terrível luta civil
pelo poder e a importância estratégica do Egito junto aos povos árabes que
nutrem tanto ódio pelos judeus. Sabemos, pela história que Antíoco Epifânio
fez, contra o povo de Deus e contra o santuário, todas as profanações aqui
descritas, porém, uma comparação com a interpretação da visão torna claro que
ainda haverá um mais completo cumprimento no futuro.
Dn. 8:13a27- Muitos confundem o pequeno chifre levantado aqui com o de
Dn. 7, mas vemos que aquele levantado entre os dez chifres do reino ocidental é
o mesmo de Apocalipse 13 e 17 e ele é de origem romana ou dos países da Europa
ocidental. Aqui vemos alguém levantando-se e crescendo para o sul e para o
oriente de Jerusalém que é a referência central.
Antíoco IV Epífânio (do gr: Άντίοχος
Έπιφανής, "que se manifesta com esplendor") (c. 215 - 162 a.C.)
foi um rei da Dinastia
Selêucida que governou a Síria entre 175 e 164
a.C.
Antíoco centrou a sua atenção na Judeia,
que procurou helenizar. Durante o reinado do seu pai tinha sido concedida ampla
autonomia aos judeus, que se encontravam divididos em dois partidos, um dito
"piedoso" e outro que favorecia a helenização. Por razões
financeiras, Antíoco apoiou este último partido e permitiu ao sumo sacerdote,
Jasão, a construção de um "gymnasium" (instituição para educação de
jovens de acordo com os modelos da cultura grega) em Jerusalém. Em 172 a.C. Antíoco
aceitou o suborno de Menelau,
nomeando-o para o cargo de sumo sacerdote, no lugar de Jasão.
Em consequência deste ato, um exército liderado por
Jasão apoderou-se de praticamente toda a cidade de Jerusalém em 169 a.C.,
matando os simpatizantes de Menelau. Em 167 a.C. Antíoco, que regressava de uma
campanha ao Egipto, conquistou Jerusalém. A cidade perdeu os seus privilégios e
passou a ser permanentemente controlada por soldados.
Antíoco procurou forçar a helenização deste seu
novo território, proibindo o culto judaico. A observância do shabbat e das
interdições alimentares, bem como a circuncisão foram
proibidas. No Templo de Jerusalém seria instalada uma estátua do deus grego Zeus. O objectivo destas medidas era criar uma
uniformidade cultural entre os súbditos do seu reino.
Esta situação gerou descontentamento entre os
Judeus que eram contra a helenização e que provocaram uma revolta, na qual
foram liderados pelo cohen Matatias e seus
filhos, os Macabeus, os quais
expulsaram as tropas de Antíoco IV de Jerusalém.
Precedido por
Seleuco IV Filopáter |
'Rei Selêucida'
175 a.C. — 164 a.C. |
Sucedido por
Antíoco V Eupátor |
Daniel Capítulo 9 - Parte I
"Toda Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça". IITm. 3:16
As setenta semanas.
Daniel
9:1a 3 - Aqui vemos o tipo de homem que Daniel era, e o valor que ele dava para
a Palavra de Deus, de como se prostrava diante do Senhor confiando no
compromisso que Deus tem com Sua Palavra (IITim.3:16). Estudando o livro do
profeta Jeremias, Daniel percebeu que Deus havia prometido um cativeiro de 70
anos, então pelos cálculos que fez e pelo tempo que ele mesmo havia sido
trazido para a Babilônia, esse tempo já deveria estar próximo de se esgotar.
Dan.9:4 a
7- Aqui vemos a percepção de unidade que Daniel tinha acerca do povo de Deus.
Podemos ver a compreensão das consequências que o pecado traz sobre todo o povo
de Deus. Deus sempre vê seu povo como um único corpo (ICor.12:13). Jamais
devemos apontar os erros da Igreja como se não fizéssemos parte dela, ou mesmo
dizer: “Graças a Deus não somos iguais aqueles...”.
Dan.9:8 a
11- “Todas as maldições escritas na Lei de Moisés, servo de Deus, caíram
sobre nós”. Dt.11:26 a 28. Dt.28:15a18; Dt.29:19,28,29.
Dan.9:12a15-
Nosso testemunho fala acerca do Nome do nosso Deus, somos Seus filhos, somos
cristãos, sobre nós está o peso deste nome.
Dan.9:16a19-
Não lançamos nossa súplica fiados em nossa justiça. Daniel,
certamente faz essa oração, por perceber a proximidade do cumprimento da
profecia e para ajustar sua oração e seu caráter à vontade de Deus, pois
percebeu que em se cumprindo os setenta anos preditos por Jeremias nos capítulos 25:11; 29:10, Deus iria restaurar o povo à sua terra de Canãa. E nestes tempos o
Senhor chama pessoas para serem restauradas em sua alma, serem transformadas,
trabalharem juntos com o Senhor e se aprontarem para cumprir os planos que Ele
já determinou.
Em quais
capítulos do livro de Jeremias Daniel pôde encontrar as profecias acerca dos
setenta anos de cativeiro? Temos como saber se essa profecia se cumpriu?
Promessa
de retorno – Jeremias 3:18 e 16:14a15
Quanto
tempo deveria durar o cativeiro – Jeremias 25:11 e 29:10
Os livros
de história e toda ciência precisam se render diante da Palavra de Deus quando
confirmam que no ano 606a.C. os judeus são levados cativos para a Babilônia e,
exatamente, 70 anos depois, no ano 536a.C. a primeira leva de Judeus retorna e
dá início à reconstrução do templo.
Tempo em
que viveram os profetas relacionados com o cativeiro Babilônico e o retorno
para reedificar (reconstruir) Jerusalém:
Jeremias
– Contemporâneo de Sofonias, Habacuque e Ezequiel. Seu ministério se estendeu
de 627 a 580 a.C.
Daniel-
Daniel, ainda garoto, estava entre os que foram levados cativos para a
Babilônia, quando todo o oriente médio, inclusive Judá, foram subjugados por
Nabucodonosor no ano 606a.C. e deve ter vivido até, provavelmente o nono ano do
Rei Ciro em 530a.C. Não sendo muito mais novo que Jeremias.
Primeiro
retorno para Jerusalém e reconstrução do templo por Zorobabel (Esdras2:1e2). Decreto de Ciro
expedido no ano 538a.C. Ageu e Zacarias estão juntos com Zorobabel
(Esdras5:1e2). Dão inicio à reconstrução do templo no ano 536a.C. Daniel estava
ainda vivo e deve ter influenciado Ciro a esta decisão, já que Dario (Gubaru- seu
nome em alguns livros históricos) era um dos governadores ou rei aliados de
Ciro e foi colocado como rei no império babilônico agora conquistado pelos
medo-persas. Alguns registros históricos também afirmam que Dario poderia ser
tio de Ciro ainda que fosse subordinado a este.
Ester-
esposa do Rei persa Xerxes- 483 a 473a.C.
Segundo
retorno – Esdras lidera – 457a.C.
Terceiro
retorno- 444 a 425a.C. – Neemias1:2e3. Aqui, Artaxerxes era o rei da pérsia.
É
provável que Ester tenha sido a madrasta de Artaxerxes e possivelmente a
responsável pela indicação de Neemias como copeiro do Rei.
Daniel Capítulo 9 - Parte II
Daniel Capítulo 9 - Parte II
"...devemos atentar para a forma inexorável como o Senhor controla toda a história da humanidade e seus personagens".
As setenta semanas
Daniel
9:20 a 27- Fazer leitura do texto bíblico.
Setenta
semanas de anos- Aqui semanas representa 7, como dúzia representa doze. Assim,
semanas de anos deve ser entendido como 7 anos (Levíticos 25:8). Uma semana são
sete anos, 7 semanas de anos são sete vezes sete, portanto 49anos.
Para
entendermos a importância das dispensações ou períodos de tempo em que Deus
trata com os homens, precisamos atentar para os períodos de 70 semanas de anos,
que seriam 490anos e de como esses anos se aplicam na história de Israel e como
se cumprirão neste tempo do fim. Para a Glória de Nosso Deus também devemos
atentar para a forma inexorável como o Senhor controla toda a história da
humanidade e seus personagens:
Origem de
Israel:
Segundo
Genesis 12:4 – Abraão era da idade de 75 anos quando recebeu as promessas e
saiu da terra de Arã para a Palestina (Heb.11:8). Em Gálatas 3:17 o apóstolo
diz que a Lei veio 430 anos mais tarde. Desde o nascimento de Abraão até à Lei
vão também 505 anos.
Estes 505
anos incluem também os 15 anos de incredulidade que vão desde o momento em que
Abraão pretendeu receber a bênção de um modo carnal tomando Agar por sua mulher
até o nascimento de Isaac (Gen.16:3 ; 21:5). Quando subtraímos estes 15 anos,
obtemos o resultado de 490.
A fixação
no país (Canaã):
No
deserto........40anos. Conquista da terra.........6anos(Josué14:7a10). Desde a
conquista da terra em Josué até o início dos Juízes.........14anos. Período dos
Juízes........450anos. Rei Saul........40anos. Rei David........40anos. Salomão
ao final da construção do templo.......11anos.
Obtemos,
portanto, um total de 601 anos. Ao estudarmos o livro de Juízes, iremos
descobrir que estes 450 anos dos juízes sobre Israel, haverão 111 anos em que
Israel esteve sob domínio de reis estrangeiros e que não entram, portanto, na
contagem do relógio profético que sempre está para Israel e deve ser
descontado. Desta forma, temos então: 601-111=490anos.
O
declínio de Israel como nação:
O templo
de Salomão foi acabado no ano 1005a.C. Neemias subia a Jerusalém para
reconstruir a cidade no ano 445a.C. (Daniel 9:25; Neemias 2:5a8). A diferença é
de 560anos.
Se
deduzirmos os 70 anos do cativeiro de Babilônia, durante os quais o povo não
esteve na terra, temos outra vez 490anos.
Restauração
ou reconciliação com Deus:
Daniel
9:24 diz-nos que setenta semanas (isto é 490anos; cf. Lev.25:8) estão
determinadas sobre o povo e Jerusalém para extinguir a transgressão e dar fim aos
pecados e para expiar a iniquidade e trazer a justiça eterna, e selar a visão
da profecia e para ungir o Santo dos santos.
O
princípio seria a reconstrução de Jerusalém, o fim seria a plena bênção;
Portanto, o Messias viria, mas seria rejeitado, e entre as 69 e 70 semanas
encontramos, portanto, outras coisas que não são incluídas na conta das 70
semanas.
Deus, que
não contou os anos de Abraão em incredulidade, nem os anos de domínio
estrangeiro no tempo dos juízes, e os anos de cativeiro, tomaria em conta os
dias da rejeição de seu Filho? Claro que não. (hoje, no período da Graça,
estamos vivendo o tempo do período de rejeição de Jesus por parte de Israel
como país).
As
setenta semanas que se iniciaram na reconstrução de Jerusalém por Neemias no
ano 444-445a.C. são interrompidas na cruz. E serão continuadas logo que o povo
estiver no país e o remanescente for de qualquer modo convertido.
Dn.9:25-
Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar, e para edificar
Jerusalém (demorou 49anos para reconstruir), até o Messias o príncipe, haverá
sete semanas, e sessenta e duas semanas; as ruas e os muros se reedificarão,
mas em tempos angustiosos:
444a.C
- Decreto de Artaxerxes. Inicia a contagem das últimas 70 semanas de 490 anos.
395a.C. –
Completa-se a reconstrução de Jerusalém. Passam-se 49 anos ou seja, sete semanas de sete anos restando, então 63
semanas de anos para completar as setenta. Passam-se, então, mais 62 semanas de anos e ocorre a:
33d.C. –
Crucificação do Senhor Jesus, 476 anos após a reconstrução de Jerusalém
completando 69 semanas de anos, faltando então, apenas uma semana para as 70.
Neste
ponto é interrompida a contagem profética que terá seu reinício nos sete anos de
tribulação após o arrebatamento da Igreja e fim da era da Igreja, voltando
Israel a ser o foco, pois será o único povo a dar testemunho de Deus na terra
sem a Igreja. Pelo calendário Judaico 476 anos equivalem aos nossos 483,
restando apenas uma semana de 7 anos para completarem os 490anos das setenta
semanas preditas.
Daniel Capítulo 10
Daniel Capítulo 11 Vers. 1 a 35
Daniel Capítulo 10
"...somos o povo de Deus não por nossos méritos, mas pela escolha dEle".
Dn.10:1a4-
Terceiro ano do rei Ciro. Analisando o versículo de abertura do livro de Esdras
e comparando com o versículo 1 deste capítulo de Daniel, observamos que desde a
ordem para que os primeiros Judeus voltassem para Jerusalém até este momento,
passaram-se 2 anos. Podemos calcular que Daniel deveria estar muito velho, com
cerca de noventa anos e sua posição junto ao rei não lhe permitia deixar o
palácio e por isso, ele não pode voltar para a terra santa junto com o
remanescente que voltou na primeira leva.
O
chamado, para os verdadeiros crentes, sempre será um chamado de saída urgente:
-Para
Abraão, disse o Senhor: Sai da tua terra e do meio da tua parentela ....Gn.12:1
-Para Ló,
disse o anjo: Levanta-te, toma tua mulher e tuas filhas e saia para que não
pereças junto com esta cidade..Gn19:15
- Na boca
de Faraó do Egito ouviu-se o desígnio do Senhor: Levantai-vos, saí do meio do
povo egípcio, assim vós como os filhos de Israel; Ide, servi ao Senhor..
Êxodo12:31.
-Disse o
Senhor Jesus a Simão: Não temas doravante será pescador de
homens.............,DEIXANDO TUDO, o seguiram. Lc.5:10e11.
- Quanto
a Babilônia, diz o Anjo: Também os mercadores da terra se enriqueceram com sua luxúria. Ouvi outra voz
dizendo: Retirai-vos dela, povo meu, para não serdes cúmplices dos seus
pecados......Apoc.18:3e4.
- Quanto
à reconstrução do templo de Deus: Assim comeram a páscoa os filhos de Israel que
tinham voltado do cativeiro com todos os que com eles se apartaram da imundícia
dos gentios da terra, para buscarem o Senhor Deus de Israel (Esdras6:21).
- E
assim nos ensina a Palavra de Deus: Todos estes morreram na fé, sem terem
recebido as promessas; mas vendo-as de longe, e crendo-as e abraçando-as, confessaram
que eram estrangeiros e peregrinos na terra. Porque, os que isto dizem,
claramente mostram que buscam uma pátria. E se, na verdade, se lembrassem
daquela de onde haviam SAÍDO, teriam oportunidade de voltar. Mas agora desejam
uma melhor, Isto é a CELESTIAL. Por isso também Deus não se envergonha deles,
de se chamar seu Deus, porque já lhes preparou UMA CIDADE (Hebreus11:13a16).
Daniel10:5a11.
Ler – Observar as características de um homem capaz de tocar o coração de Deus.
Ver também a glória contida nos anjos e suas funções concernentes aos seres
humanos. Heb.1:6a14.
Daniel
9:12a14. – Aqui recebemos uma notável visão do mundo invisível e do conflito
desenrolado nos lugares celestiais. Podemos encontrar aqui também a razão pela
qual muitas das nossas orações parecem não ser respondidas como nós desejamos
que fossem, não é mesmo?
Satanás
algumas vezes é a peneira de Deus para seu povo: Jó 1:8a12.
Lucas22:28a32.
O
princípio da eleição nos diz que somos o povo de Deus não por nossos méritos,
mas pela escolha dEle, que muda nossas vestes e não aceita acusação contra o
povo lavado e remido em Seu Sangue. Zacarias 3:1a4. Um tição tirado do fogo
porque Ele tem a pá em sua mão e limpará sua eira....Lucas3:17. O fogo da
tribulação neste mundo qualifica o povo de Deus que estará pronto a ser
arrebatado como o trigo na grande colheita......mas a palha ficará para ser
queimada.
Daniel10:15a21.
Satanás é chamado de príncipe dos poderes do ar (Efésios 2:2). O que acontece
nas regiões celestiais reflete-se na terra, desta forma, podemos sentir que
estamos em constante confronto com forças invisíveis em nossa caminhada cristã.
Daniel Capítulo 11 Vers. 1 a 35
"...por ser homem de vida inclinada aos prazeres, não soube manter seus domínios e logo morreu deixando o Egito em terríveis condições financeiras".
Dn.11:1 a 3- Aqui vemos três reis
que vieram após o rei Dario, são eles: Cambises, Smerdis, Dario Histaspes e
Xerxes, que foi o mais rico de todos, e os historiadores afirmam ser o mesmo
Assuero do livro de Ester. No verso três vemos o surgimento de Alexandre o
Grande que irá quebrar a hegemonia do império Persa.
Dn.11:4- Alexandre uniu a Grécia
formando um excelente exército e removendo todo o domínio persa, tendo
derrotado o exército de Dario Codomano. Mas ele saiu de cena morrendo no auge
de sua juventude por bebedeiras e farras para que se cumprisse a profecia que
diz: Estando ele pé o seu reino será quebrado e repartido aos quatro ventos.
Seus dois filhos, Hércules e Alexandre foram assassinados. Depois da batalha de
Ipso no ano 301 a.C. seu reino foi repartido entre seus 4 principais generais.
Dn.11:5 a 10- Aqui vemos a
profecia Bíblica centrada em dois dos 4 reinos, são eles o reino do norte (
Síria) e reino do Sul (Egito), seus comandantes eram Selêucidas e Ptolomeu Lago
respectivamente.
Dn.11: 11 e 12 – Aqui vemos
Ptolomeu Filópator liderar os exércitos egípcios a uma grande vitória sobe a
Síria, porém, por ser homem de vida inclinada aos prazeres, não soube manter
seus domínios e logo morreu deixando o Egito em terríveis condições
financeiras.
Dan.11:13 a 16 – Aqui vemos o
período de Antíoco, o Grande, liderando a Síria juntando suas forças com Felipe
III da Macedônia e com os Judeus apóstatas para derrotarem o Egito que estava
governado por Ptolomeu Epífano ainda criança.
Dan.11:17 – Aqui, Antíoco
pretendia usar sua filha Cleópatra para minar as forças restantes de Epífano,
no entanto, Cleópatra provou ser uma esposa fiel ficando ao lado de seu marido,
mesmo contra seu pai.
Dan.11:18e19- Antíoco foi
derrotado pelo reino de ferro, os romanos, nesta ocasião comandados pelo
general Lúcio Scipio. Assim, Antíoco profundamente desgraçado vira sua face e
foge para as fortalezas de sua própria terra mas é assassinado quando tentava
saquear o templo de Júpiter para obter recursos financeiros.
Dan.11:20 – Selêucidas Filopator
assume o reino em situação muito ruim e acaba sendo assassinado por um de seus
aliados chamado Heliodoro, assim a descendência de Antíoco é varrida do trono.
Dan.11 : 21 a 25 – Aqui
encontramos Antíoco Epifânio que é considerado por muitos como o Anticristo do
velho testamento por sua tamanha fúria contra o povo Judeu e sua perseguição ao
culto à Jeová. Este rei usando de estratégia e bajulação, conseguiu domínio e
aliança com o povo Judeu e com Ptolomeu Filometer do reino do Sul, mas provou
ser falso em ambos os tratados.
Dan11:26 e 27 – Após um tempo de guerra Filometer é traído pelos seus filhos e
aliados íntimos, não podendo derrotar Antíoco. Os dois reis tentam um acordo em
uma mesa redonda. Sentindo-se humilhado por boatos entre os povos que El não
havia vencido a guerra, Antíoco se volta com toda força contra os judeus.
Dan11:27 a 30- Após grande
massacre e muitos saques, Antíoco mantém refém a Jerusalém com grande maldades
e morticínio. Então os judeus pedem ajuda a Roma que envia Popílio Loeno com os
navios de quitim em socorro dos macabeus (judeus que montaram resistência
contra a invasão a de Antíoco e a profanação do santuário por ele imposta).
Dan.11:31 – Após a partida das
forças romana, Antíoco renegou sua aliança e se voltou contra os judeus mais
uma vez profanando o templo, cessando o sacrifício contínuo e estabelecendo
abominação. Os judeus liderados pela família dos macabeus tentam resistir, mas
são mortos aos milhares.
Dan.11:32 a 35 – Aqui é descrita
as condições prevalentes entre os judeus naquele terrível tempo de sofrimento,
que nunca encontrou paralelos até que chegue a grande tribulação dos últimos
dias. De fato, os versos apresentam figuradamente toda história do povo de
Judá, começando com o tempo em que fora anexados ao império Romano até o Tempo
do Fim, ou a septuagésima semana, a qual já falamos aqui.
A partir do verso 36 vemos a
aparição do próprio Anticristo da tribulação e temos, portanto, um salto de
muitos anos na história.
Daniel Capítulo 11 Vers. 35 a 45
"Quando os vencedores forem arrebatados para Deus, então permanecerá apenas a Igreja apóstata e a ela será dada a operação do erro pra que seja enganada".
O
Anticristo
Dn.11:35e
36; IJoão2:18 – As muitas formas assumidas pelo anticristo e seus ensinos
através dos séculos. Aqui encontramos em Antíoco o primeiro a ganhar destaque
nesta função de se levantar contra Deus o seu povo.
A
profecia aponta para um reino vindo do norte contra Israel. Isaias14:24e25.
Onde Deus intervém para libertar seu povo. Apoc.14:18a20 .
Dn.11:37a39
– O Anticristo será um judeu que não terá respeito pelo Deus de seus pais.
João5:43-
Vemos aqui que o Senhor profetiza acerca de um que virá em seu próprio nome
buscando adoração dos homens, e o anticristo alcançará êxito porque dará aos
judeus o que desejam!
A
Anti-trindade 666, Apoc.13:18.
Não
respeitará o desejo das mulheres- referindo-se, provavelmente, ao sonho de
todas as mulheres judias em ser a mãe do messias salvador, sendo que o
impostor, o anticristo, sendo falso, desrespeita até sua própria mãe. Honrará
outro deus (Apoc.13:11a18), um deus das forças humanas. Aqui vemos referência
ao falso profeta que será seu apoio religioso para enganar os cristãos
apóstatas que não serão arrebatados, e os judeus que entregaram a ele o
controle econômico do mundo.
Dn11:40a45-
As guerras finais que antecedem o armagedon e a grande importância estratégica
do Egito nesse tempo do fim.
IITessalonicenses 2:1a12- Aqui devemos
explicar que o apóstolo Paulo estava ensinando aos tessalonicenses que o tempo
do fim e do grande julgamento ainda não havia chegado como eles estavam
pensando devido algum falso ensino que deve ter se espalhado entre eles. Paulo
então diz que antes do tempo do fim, o anticristo deveria se levantar com
grande força e engano, mas que sua doutrina e seu domínio estava sendo detida
por um ....IITess.2:7- Vemos aqui o remanescente fiel da Igreja, os vencedores
que não permitem o domínio da doutrina do anticristo. Estes fazem parte, estão
dentro da Mulher vestida de sol, a grande Igreja Universal (Apoc.12:1a5 e
Apoc.2:26e27).
Quando os
vencedores forem arrebatados para Deus, então permanecerá apenas a Igreja
apóstata e a ela será dada a operação do erro pra que seja enganada
(IITess.2:11). Acerca do arrebatamento dos vencedores, o Apóstolo Paulo já
havia ensinado em ITess.4:17.
Daniel Capítulo 12
"O fruto da retidão é a árvore da vida, e aquele que ganha almas é sábio".
Pv. 11:30
Dn.12:1-
Tempo de grande angústia para o remanescente fiel de Israel durante a
tribulação. Miguel é o Arcanjo protetor de Israel. Provável relação com
Apoc.12:13a17 e Rom.11:24, que prevê um remanescente de Israel como testemunho
do Senhor na terra.
Dn.12:2-
Aqui fala, provavelmente, de um despertamento espiritual ou renascimento para
Deus por parte de Israel, até então adormecida após a rejeição do messias, Jesus
Cristo, o Senhor. Linguagem também usada em João 5:29; Ezequiel 37 e Isaías 26:12a19. Textos que falam acerca da ressureição dos corpos.
Dn.12:3e10-
Aqui fala dos mesmos sábios, estes que ensinaram a Palavra naquele tempo de grande
angústia, e chamarão o povo ao arrependimento (Pv.11:30).
Dn.12:4-
Aqui vemos um grande e maravilhoso contraste com as Palavras do anjo em
Apoc.22:10. Podemos perceber que estas Palavras estão sendo reveladas à Igreja
em Apocalipse de uma forma tão tremenda quanto foi ocultada aos judeus na época
do Senhor Jesus e na atual dispensação da Igreja. O multiplicar do conhecimento
com as pessoas com tanta facilidade de ir e vir com viagens e colheita de
informações pela internet é algo que se multiplica de forma muito espantosa e
que não poderia ser prevista por Daniel a não ser com a intervenção de Deus.
Dn.12:6-
Aqui provavelmente temos uma teofania, a mesma que ocorre em Dn.10:5e6. Aqui,
tudo gira em torno de Israel e evidentemente está falando acerca da tribulação
que é “tempo de angústia para teu povo”. A resposta então é um tempo (um ano),
dois tempos (dois anos) e metade de um tempo (meio ano), a soma desse período
seria então 3,5 anos ou 1.260 dias (calendário judaico o ano tem 360dias).
Dn.12:7a13-
Daniel não compreende porque o Senhor deseja que estas profecias estejam
seladas até o tempo do fim que é o nosso tempo.
Verso 10-
Os ímpios não entendem agora e nem depois e, certamente, desprezarão as
profecias.
Verso11-
Isto acontecerá no meio do grande período da tribulação que possui um total de
7 anos e na metade deste período, ou seja 3,5 anos, será reinaugurado o templo
de Salomão e então o anticristo desejará ocupar o lugar de Deus no templo,
removendo os sacrifícios verdadeiros e iniciando o tempo da abominação
desoladora que serão os 3,5 finais da tribulação com catástrofes, desastres
atômicos, pestes , doenças e mortes inimagináveis em nossos dias. Então a
batalha do armagedon porá fim à tribulação e deverá ocorrer um período de 30
dias de purificação e reorganização para o estabelecimento do reino milenar de
Nosso Senhor Jesus Cristo junto com Seus santos eleitos. Completam-se desta
forma 1290 dias (3,5=1260 dias mais 30 dias completando 1290dias).
Verso12-
Após o início do milênio os estudiosos acreditam que um período de 1330 dias
seriam os dias para as festas dos tabernáculos que os judeus comemoram pela
travessia no deserto e o tabernáculo de Deus com eles. Conforme Zacarias 14:16.
Verso13-
No tempo desta visão é provável que Daniel já estivesse com cerca de 90 anos, e
deva logo ter sido chamado para junto de Seu mestre no descanso do Seio de
Abraão e ali espera, com todos os fiéis do velho testamento (Heb.11:40), até
que a voz do arcanjo Miguel seja ouvida pela ocasião da vinda de Nosso Senhor
Jesus Cristo e do nosso encontro com Ele nos ares (ITes.4:16e17). Assim Daniel
“se levantará na sua herança”.